quarta-feira, 31 de agosto de 2011

História do Ead

A educação a distância (EaD), em sua forma embrionária e empírica, é conhecida desde o século XIX. Entretanto, somente nas últimas décadas passou a fazer parte das atenções pedagógicas. Ela surgiu da necessidade do preparo profissional e cultural de milhões de pessoas que, por vários motivos, não podiam freqüentar um estabelecimento de ensino presencial, e evoluiu com as tecnologias disponíveis em cada momento histórico, as quais influenciam o ambiente educativo e a sociedade.

Os séculos XVII e XVIII


Com a Revolução Científica iniciada no século XVII, as cartas comunicando informações científicas inauguraram uma nova era na arte de ensinar. Segundo Lobo Neto (1995), um primeiro marco da educação a distância foi o anúncio publicado na Gazeta de Boston, no dia 20 de março de 1728, pelo professor de taquigrafia Cauleb Phillips: "Toda pessoa da região, desejosa de aprender esta arte, pode receber em sua casa várias lições semanalmente e ser perfeitamente instruída, como as pessoas que vivem em Boston".

O século XIX


Em 1833, um anúncio publicado na Suécia já se referia ao ensino por correspondência, e na Inglaterra, em 1840, Isaac Pitman sintetizou os princípios da taquigrafia em cartões postais que trocava com seus alunos. No entanto, o desenvolvimento de uma ação institucionalizada de educação a distância teve início a partir da metade do século XIX.
Em 1856, em Berlim, Charles Toussaint e Gustav Langenscheidt fundaram a primeira escola por correspondência destinada ao ensino de línguas. Posteriormente, em 1873, em Boston, Anna Eliot Ticknor criou a Society to Encourage Study at Home. Em 1891, Thomas J. Foster iniciou em Scarnton (Pensilvânia) o International Correspondence Institute, com um curso sobre medidas de segurança no trabalho de mineração.
Em 1891, a administração da Universidade de Wisconsin aceitou a proposta de seus professores para organizar cursos por correspondência nos serviços de extensão universitária. Um ano depois, o reitor da Universidade de Chicago, William R. Harper, que já havia experimentado a utilização da correspondência na formação de docentes para as escolas dominicais, criou uma Divisão de Ensino por Correspondência no Departamento de Extensão daquela Universidade.
Por volta de 1895, em Oxford, Joseph W. Knipe, após experiência bem-sucedida preparando por correspondência duas turmas de estudantes, a primeira com seis e a segunda com trinta alunos, para o Certificated Teacher’s Examination, iniciou os cursos de Wolsey Hall utilizando o mesmo método de ensino. Já em 1898, em Malmö, na Suécia, Hans Hermod, diretor de uma escola que ministrava cursos de línguas e cursos comerciais, ofereceu o primeiro curso por correspondência, dando início ao famoso Instituto Hermod.

Da Primeira Guerra Mundial aos nossos dias


No final da Primeira Guerra Mundial, surgiram novas iniciativas de ensino a distância em virtude de um considerável aumento da demanda social por educação, confirmando, de certo modo, as palavras de William Harper, escritas em 1886:
"Chegará o dia em que o volume da instrução recebida por correspondência será maior do que o transmitido nas aulas de nossas academias e escolas; em que o número dos estudantes por correspondência ultrapassará o dos presenciais."
O aperfeiçoamento dos serviços de correio, a agilização dos meios de transporte e, sobretudo, o desenvolvimento tecnológico aplicado ao campo da comunicação e da informação influíram decisivamente nos destinos da educação a distância. Em 1922, a antiga União Soviética organizou um sistema de ensino por correspondência que em dois anos passou a atender 350 mil usuários. A França criou em 1939 um serviço de ensino por via postal para a clientela de estudantes deslocados pelo êxodo.
A partir daí, começou a utilização de um novo meio de comunicação, o rádio, que penetrou também no ensino formal. O rádio alcançou muito sucesso em experiências nacionais e internacionais, tendo sido bastante explorado na América Latina nos programas de educação a distância do Brasil, Colômbia, México, Venezuela, entre outros.
Após as décadas de 1960 e 1970, a educação a distância, embora mantendo os materiais escritos como base, passou a incorporar articulada e integradamente o áudio e o videocassete, as transmissões de rádio e televisão, o videotexto, o computador e, mais recentemente, a tecnologia de multimeios, que combina textos, sons, imagens, assim como mecanismos de geração de caminhos alternativos de aprendizagem (hipertextos, diferentes linguagens) e instrumentos para fixação de aprendizagem com feedback imediato (programas tutoriais informatizados) etc..
Atualmente, o ensino não presencial mobiliza os meios pedagógicos de quase todo o mundo, tanto em nações industrializadas quanto em países em desenvolvimento. Novos e mais complexos cursos são desenvolvidos, tanto no âmbito dos sistemas de ensino formal quanto nas áreas de treinamento profissional.
A educação a distância foi utilizada inicialmente como recurso para superação de deficiências educacionais, para a qualificação profissional e aperfeiçoamento ou atualização de conhecimentos. Hoje, cada vez mais foi também usada em programas que complementam outras formas tradicionais, face a face, de interação, e é vista por muitos como uma modalidade de ensino alternativo que pode complementar parte do sistema regular de ensino presencial. Por exemplo, a Universidade Aberta oferece comercialmente somente cursos a distância, sejam cursos regulares ou profissionalizantes. A Virtual University oferece cursos gratuitos.

Fonte: http://ensinoadistancia.wikidot.com/como-surgiu-onde-surgiu

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A EAD E SUAS DISCUSSÕES ATUAIS

A EAD (Educação a Distância) inicia-se em meados do século XIX, a partir do desenvolvimento dos meios de transportes e comunicação, principalmente com o ensino por correspondência. Assim a EAD foi modernizando-se e passando pelo processo da Tecnologia Informacional, ou seja, Terceira Revolução Industrial. Toda essa tecnologia formou o curso de EAD on-line, o que deu portas para introdução de grandes instituições nessa concepção de ensino. Atualmente, de acordo com o MEC já são quase um milhão de alunos matriculados nos cursos à distância, e aumentando.
Esses alunos estão cada vez mais interligados, pois as redes sociais também proporcionam essa interatividade. O que todos os professores de todos os seguimentos educacionais deveriam priorizar em suas aulas e deixarem de ser tradicionais. O que faz hoje o ensino de EAD ter uma grande procura nas instituições de ensino é essa interatividade e claro também a mobilidade diante de uma vida tão corrida. Engana-se quem acredita que este tipo de curso é mais fácil. A EAD, pelo contrário, requer uma organização completa em seus estudos, e mais, uma grande responsabilidade, pois assim como temos alunos que não apresentam nenhum tipo de empenho no ensino presencial, também temos no EAD.
A Educação a Distância (EAD) hoje no Brasil está sedo priorizada para todas as pessoas, principalmente aquelas que durante muito tempo por falta de tempo ou dificuldades de cursar uma universidade presencial. Ainda não existe um consenso sobre sua capacidade de preparar um aluno para o mercado de trabalho, mas o que já nos faz refletir é que a educação é dinâmica, ou seja, depende apenas do aluno.
Toda discussão atual da EAD, vem tomando outro rumo, pois as pessoas estão se conscientizando perante a essa forma de estudo. Muitos comentários são motivadores, destacando que depende única e exclusivamente do aluno fazer um ótimo curso. Em alguns comentários, destaca-se como formar um bom professor com o ensino a distância. Parece que o professor ou o profissional de qualquer área é formado dentro do campo universitário. A universidade dá a base para que os alunos possam se preparar e vivenciar a realidade, mas somente o aluno em si tem a capacidade de se tornar um ótimo profissional. Empenhando-se no dia-a-dia.
Por fim, a EAD no Brasil, veio para dar chances a um grupo muito grande de pessoas que sonharam um dia fazer um curso universitário e não conseguiram, também a um grande número de pessoas que sonharam em fazer uma especialização e nunca tiveram tempo ou oportunidade. Esse tipo de ensino deve aumentar, pois vários países do mundo já a utilizam até mesmo na Educação Básica e vem dando resultados. Necessariamente o Brasil começou a dar os seus primeiros passos, mas é preciso mais. A educação da interatividade, o aluno de hoje precisa disso.

Prof. Deivid F. Silva.